Os Apóstolos Foram Passivos Diante da Escravidão?

 



Os Apóstolos Foram Passivos Diante da Escravidão?


Alguns afirmam que os apóstolos foram passivos diante das crueldades da escravidão. No entanto, essa visão é um erro de perspectiva. É fácil dizer, com o conforto da modernidade, que os apóstolos deveriam ter sido mais ativos contra as injustiças sociais da época. Mas se formos coerentes, também precisaríamos questionar por que eles não tentaram abolir a pena de morte, mudar o papel da mulher na sociedade ou liderar uma revolução contra a desigualdade social.

Muitas pessoas enxergam o cristianismo como um movimento social e acreditam que ele deveria ter enfrentado diretamente as mazelas do mundo. Outros pensam que Cristo veio para ser um líder político ou um ativista social. Esse erro de interpretação gerou diversas teologias equivocadas ao longo da história — foi o mesmo equívoco do povo que não reconheceu Jesus como o verdadeiro Messias, pois esperavam um libertador terreno, não um Salvador eterno.

Essa mentalidade também leva muitos a julgar as igrejas modernas por não doarem tudo aos pobres ou por não assumirem um papel político mais ativo. O cristianismo, porém, não veio para ser um sistema político ou uma ideologia social. Ele veio para transformar pessoas por dentro, reconciliá-las com Deus e anunciar a ressurreição de Cristo.

Quando alguém é verdadeiramente cristão, sua vida muda, e essa transformação se reflete em suas atitudes. Um cristão regenerado trataria bem seus servos, os maridos amariam suas esposas, e os trabalhadores serviriam com integridade aos seus mestres. A mudança não viria através de protestos ou envolvimento político direto, mas pela transformação do caráter, operada pelo Espírito Santo.

Jesus deixou claro esse princípio quando disse: "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus." Todas as dificuldades do mundo — discriminação, desigualdade e opressão — são consequência de governos humanos que rejeitam a ordem de Deus e tentam resolver os problemas com soluções terrenas e falíveis.

O cristianismo entende que a melhor forma de transformar uma sociedade não é através da política ou de revoluções sociais. O cristianismo não se molda ao mundo, mas transforma indivíduos. E indivíduos transformados impactam a sociedade de dentro para fora.



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