OnlyFans - A Cultura de Vender sua Nudez

 


OnlyFans e a cultura de vender sua nudez


Em meados de 2020, começou a explodir o mercado de plataformas como OnlyFans e Privacy. O OnlyFans se autodenomina uma "rede social de assinatura" abrangente, onde criadores de conteúdo de qualquer tipo podem cobrar de seus seguidores para visualizar sua produção. Mas, na realidade, seu negócio de enorme sucesso é amplamente baseado em sexo.

Essa ênfase só aumentou durante a pandemia, com mais e mais usuários gastando seu tempo livre online — e mais pessoas procurando uma nova fonte de renda. Aquilo que era um tabu por muito tempo, após a porta aberta pelas trocas de nudes em aplicativos de mensagens, começou a se tornar um mercado publicamente divulgado: a venda de nudez, fetiches sexuais e práticas similares.

Muitas garotas que antes trabalhavam normalmente e levavam uma vida considerada correta começaram a ver oportunidades financeiras nessas plataformas. Trabalhavam 8 horas por dia para ganharem uma micharia, e ao se depararem com ganhos exorbitantes por mostrarem suas intimidades nas redes, embarcaram, sem vergonha alguma, nesse novo "mercado". Artistas e pessoas comuns passaram a enxergar isso como liberdade e independência, livres das grandes empresas e canais, produzindo e divulgando suas próprias “obras” — que em muitos casos envolvem sexo explícito, nudez e exibições eróticas.

Muitas não consideram isso prostituição, pois acreditam que, como produzem seus próprios roteiros e não há contato físico com os “clientes”, estão apenas vendendo “conteúdo”. Algumas usam máscaras, outras tentam manter o anonimato. Mas a ilusão é grande.

Os homens, por sua vez, acreditam que o OnlyFans oferece proximidade com sua estrela adulta favorita. Podem conversar com ela, pedir vídeos personalizados, e receber respostas. Porém, o que muitos não percebem é que essas mulheres NÃO se importam com eles — estão nisso pelo dinheiro. A carência masculina, alimentada por vícios e solidão, é manipulada até o limite.

O homem paga para se sentir amado, mas aos poucos, percebe que o amor foi comprado — e isso causa ressentimento. Muitos passam a odiar as mulheres, por sentirem que só recebem atenção quando há dinheiro envolvido. O ciclo de frustração e desvalorização se intensifica, enquanto a ilusão de proximidade destrói a saúde emocional e social desses homens.

Durante a pandemia, esse tipo de mercado foi especialmente eficaz. O isolamento aumentou a solidão e a desconexão social, tornando a pornografia personalizada algo ainda mais consumido. A crise econômica, aliada à normalização da pornografia e à cultura do “dinheiro fácil”, criou o cenário perfeito para a expansão desse mercado.

Garotas começaram a ver a nudez como uma “profissão moderna”, e não mais como algo exclusivo a atrizes pornô ou prostitutas. Quanto mais consumidores dão dinheiro a essas criadoras de conteúdo, mais esse ciclo se fortalece. Outras meninas observam, imitam e entram nesse “mercado” por influência. E aí começa o ciclo de vício, degradação e arrependimento.

Muitas mulheres entram nessa vida por:

  • Problemas familiares, como abandono paterno;

  • Abusos sexuais na infância;

  • Depressão, traumas emocionais, ansiedade;

  • Dificuldades econômicas extremas;

  • Incapacidade de manter empregos convencionais;

  • Desespero por dinheiro rápido.

Algumas entram apenas pelo dinheiro. Consideram que é mais fácil do que ser stripper, mais “seguro” do que fazer pornografia convencional, e mais lucrativo do que webcam.

Porém, o que parece uma escolha “moderna e segura” se torna um caminho sem volta. As mulheres pensam que estão vendendo algo por um preço justo, mas o preço é muito mais alto do que elas imaginam.

Casos como o das antigas “coelhinhas da Playboy” demonstram isso com clareza. Diversas mulheres que posaram para essas revistas há 20, 25 anos, hoje não conseguem mudar de vida de forma digna. Algumas que se converteram e se tornaram pastoras sofrem perseguição, pois sempre encontram o peso do seu passado. Outras, que tentam seguir carreiras executivas, são expostas. Aquelas que desejam se casar e constituir família carregam sempre um “elefante” dentro de seus relacionamentos — afinal, foram objetos sexuais de diversas gerações.

Com a internet, essa exposição é ainda mais ampla e duradoura do que as antigas revistas físicas. O que você faz no OnlyFans pode desqualificá-la para certas carreiras no futuro, como trabalhar com crianças ou ocupar cargos em agências governamentais que exigem verificações de antecedentes.

Essas mulheres estão expondo sua intimidade de uma forma que jamais sairá das redes ou da tela de alguém. É bem possível que um dia, um homem podre a aborde na rua ou nas redes dizendo que já a “homenageou”. Pense no constrangimento... no sentimento de nojo de si mesma por ter se vendido como um objeto descartável e barato. O preço emocional disso é caro demais.

Recentemente, nos Estados Unidos, um garoto cometeu suicídio após ser constantemente zombado pelos colegas, que haviam conseguido fotos nuas da sua mãe postadas no OnlyFans.

Existem diversos relatos de mulheres que posaram nuas e hoje sofrem com uma “síndrome de perseguição”, onde mesmo que isso não esteja acontecendo, elas sempre acham que alguém as está reconhecendo, ou está excitado ao lembrar do que fez com sua imagem. Pode ser um novo colega de trabalho, companheiros da igreja, sobrinhos, primos do seu namorado, clientes da sua empresa, professores da sua filha... até mesmo seus próprios familiares.

Depois de fazer isso, você não pode voltar atrás. Mesmo que você feche sua conta tão rápido quanto a abriu, no momento em que postar vídeos e imagens, eles estarão disponíveis para sempre. Para qualquer pessoa. Indefinidamente.

Não há como prevenir o compartilhamento desse conteúdo, nem como prever onde ele vai parar. É praticamente inevitável. Já ouvi histórias e mais histórias de conteúdos vazados, compartilhados e até vendidos para outros sites pornográficos, tudo isso sem o consentimento ou conhecimento do criador.

Existem até redes de assinantes do OnlyFans que compram e revendem conteúdos entre si e para outros sites pornográficos. E isso sem mencionar que é apenas uma questão de tempo até que colegas de trabalho, amigos ou familiares acabem vendo algo que você nunca pretendia que eles vissem.

Existem pessoas por aí que vasculham suas informações públicas e privadas para divulgá-las a terceiros, prática conhecida como doxing. Não é incomum que criadores de conteúdo do OnlyFans tenham seu nome, localização e fotos de identificação vazadas, tornando-se especialmente vulneráveis a perseguidores e pessoas com más intenções.

Eu conheço pessoas que trabalham gerindo redes sociais para esse mercado, e posso dizer com segurança que muitas delas precisam andar com seguranças, pois os consumidores desse tipo de conteúdo costumam ser os mais desequilibrados, carentes e obsessivos. Muitos tentam perseguir e encontrar essas garotas. Agora imagine quando elas não tiverem mais condições de manter essa segurança?

Quando alguém lhe paga dinheiro para ser gratificado sexualmente, ele pode desenvolver um senso de posse sobre você. Alguns chegam a acreditar que têm direito a um pedaço seu. Você deixa de ser uma pessoa. Você vira um produto.

Todos sabemos que esse não é um mercado duradouro. Ele não supre uma necessidade real de mercado, é apenas uma moda passageira, um fenômeno alimentado por uma demanda momentânea. Afinal, pornografia sempre foi livre, gratuita e abundante desde o início da internet.

Estamos, portanto, falando de uma situação que não será duradoura — mas que cobrará um preço perverso.

Além desses pontos, ela sempre será sugada a continuar sendo uma prostituta. Afinal, essa é uma realidade conhecida da indústria do sexo comercial. É extremamente fácil ser tragada para o buraco negro da demanda, onde se espera que você mostre mais, faça mais e ultrapasse quaisquer limites que tenha estabelecido para si mesma.

É quase inevitável que um dia você acorde e perceba que o dinheiro e a pressão a levaram muito além do que jamais imaginou. Seus limites terão sido expandidos de uma forma que você nunca previa, pois em seu subconsciente, “você já cruzou uma linha.”

Alguns criadores de alto perfil realmente conseguem ganhar muito dinheiro, mas essa não é a realidade da maioria. E mesmo que você consiga um bom rendimento no início, sempre será necessário elevar o nível para continuar lucrando.

Você não pode simplesmente postar fotos e vídeos de si mesma e esperar ganhar dinheiro. Há uma expectativa constante de interação com os seus assinantes. E não estamos falando apenas de mensagens dizendo como você é linda ou perguntando como foi o seu dia. Você será assediada sexualmente — de forma muito mais intensa do que pode imaginar.

Você será pressionada a realizar atos que talvez nem soubesse que existiam, por pessoas profundamente viciadas sexualmente, com quem você jamais desejaria passar um segundo sequer fora do contexto do OnlyFans.

Você será chamada por nomes ofensivos, criticada de forma cruel. Não é só assédio. É abuso.

Vivemos ouvindo que nossa vida é impactada pelas pessoas com quem convivemos. Então, pense: num ambiente profissional como esse, com que tipo de pessoas você estará lidando? Que tipo de clientes estará atraindo e se cercando?

Veja esse relato de uma produtora desse tipo de conteúdo:

“Eu me tornei uma compilação das fantasias de outras pessoas. Eventualmente, perdi completamente o contato com quem eu realmente era. A cada noite, eu doava um pedaço de mim, até que não houvesse mais nada para dar.”

Sua capacidade de intimidade e de manter relacionamentos saudáveis provavelmente será profundamente afetada. É difícil acreditar que alguém possa valorizá-la por quem você é como pessoa, e não apenas pelo que pode oferecer sexualmente. Leva muito tempo e muito trabalho duro para se recuperar disso.

Essa é uma indústria que te usa, te mastiga, te suga e te cospe. E tudo o que resta é o trauma a ser processado. Já vi mulheres com 60, 70 anos ainda lutando para se curar e se recuperar do tempo que passaram na indústria do sexo. Infelizmente, também vi aquelas que nunca conseguiram se recuperar.

Essas plataformas são absolutamente nocivas para a sociedade. OnlyFans deveria ser banido. É prostituição online, predatória, pois explora pessoas jovens e solitárias (muito comuns na era da internet), vulneráveis, canalizando seu dinheiro em troca da esperança de uma interação sexual com uma mulher específica.

Eles se aproveitam desse mercado de ilusões para captar produções eróticas — muitas vezes de graça — e lucrar em cima disso.

Não é só isso. Essas plataformas promovem a indústria do sexo, que é profundamente patriarcal, reforçando a mentalidade de que a mulher existe apenas como um objeto sexual para o entretenimento masculino. Isso é um retrocesso. Precisamos evoluir dessa depravação. É, sem dúvidas, uma das piores coisas que já aconteceu à nossa geração.

Para vermos como o dinheiro pode se transformar em um verdadeiro demônio na vida humana, aqui está um exemplo claro: o dinheiro é um meio tão delicado que pode ser usado por forças espirituais malignas para influenciar a mente das pessoas, deturpando e invertendo valores.

Nesse caso, o mal usou o dinheiro novamente para enganar jovens, fazendo-as acreditar que estão em um trabalho digno — gerando uma explosão de oferta (o que reduz ainda mais o valor de cada uma) — e, pior, fazendo com que elas sintam orgulho de algo tão degradante, simplesmente porque “pagam em dólar.”

Um homem que vale a pena ter ao lado é aquele que se valoriza e se respeita. Ou seja, é aquele que vai se cuidar, buscar o bem de si e do próximo, e focar no seu futuro. Agora pense: será que uma pessoa que se valoriza ficaria com alguém que escolheu se tornar uma "gaveta sexual"?

Garotas, entendam: perdoar uma falha humana é reconhecer que a misericórdia pode ser maior que o pecado — mas isso não significa tolerar ou relativizar o pecado.

Quando você aceita traição por causa de dinheiro, quando você aceita a prostituição por causa de dinheiro, você está relativizando o mal, afirmando na prática que o pecado “não é nada demais”. Com isso, você está respaldando e concordando com o ato.

Permitir que alguém te trate como objeto é reforçar essa ação. É participar da culpa do pecado alheio. Se você não se respeita, como alguém vai te respeitar? E o respeito à vida humana é uma das características mais importantes para a nossa santidade.

Normalizar a prostituição online é horrível para a sociedade civilizada que desejamos construir. Aos poucos, os relacionamentos reais deixam de existir. As pessoas estão começando a criar conexões temporárias baseadas apenas no sexo.

Modéstia, lealdade, confiança — não são mais os pilares de um relacionamento. E, ironicamente, as mesmas pessoas que reclamam da objetificação das mulheres jovens apoiam esse tipo de plataforma, que faz exatamente isso: objetifica por dinheiro. Isso é doente, e deve ser banido.

Há uma saída: Deus pode restaurar sua história

Talvez você esteja lendo isso e sentindo um peso no coração. Talvez já tenha tomado decisões que hoje geram arrependimento, dor, confusão ou até vergonha. Mas ouça com atenção: Deus não desistiu de você.

O Senhor é especialista em transformar vidas, restaurar identidades e dar novos começos. O erro não é o fim da linha — o arrependimento é o ponto de partida para algo muito maior.


“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”
(1 João 1:9)

 

Você não nasceu para ser objeto, vitrine ou produto. Você nasceu com propósito, com dignidade, com valor eterno. Nenhuma escolha errada tem mais poder do que o amor e o perdão de Deus. A cruz é a prova de que o arrependimento é bem-vindo e a graça é real.

É possível romper com esse ciclo, fechar a porta da exposição, reconstruir sua identidade, e voltar a caminhar com Deus. Mesmo que pareça difícil, há outros caminhos. Talvez envolvam sacrifício, estudo, trabalho duro e fé — mas eles te levarão à liberdade verdadeira.

Se você está perdida, busque ajuda. Ore. Leia a Palavra. Converse com pessoas de confiança, busque uma igreja séria. Você não está sozinha. Há esperança. Há saída. Há redenção.


“E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo.”
(Ezequiel 36:26)


 

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