Por que Exaltam tanto a liberdade?

 


Liberdade - O novo deus da geração

A liberdade se tornou o novo deus da geração moderna. Tudo gira em torno dela. Liberdade de ser, de fazer, de expressar, de desejar, de mudar. Qualquer coisa que pareça limitar essa liberdade é automaticamente vista como opressora, intolerante ou inimiga da felicidade. Mas será mesmo que essa liberdade está nos levando para um lugar melhor?

Hoje, muitos estão presos justamente por causa da liberdade que tanto exaltam. Jovens confusos, adultos frustrados, famílias desfeitas. As pessoas vivem dizendo “quero ser livre”, mas se tornam escravas dos próprios desejos, do próprio ego, da própria carne. Vivem sem direção, sem freio e, pior, sem colheita boa. Liberdade sem propósito é uma prisão disfarçada. A liberdade que não se submete a nenhum valor mais alto se torna tirana. É como uma semente lançada ao vento: pode ir para qualquer lugar, mas não cria raízes em lugar nenhum. O resultado? Gente que muda de ideia a cada semana, que se afasta da fé, abandona compromissos, troca de relacionamento como quem troca de roupa. Tudo em nome da tal liberdade. Mas essa liberdade tem um preço — e ele é cobrado na alma.

Liberdade demais, propósito de menos

Antigamente, as opções eram limitadas, mas as pessoas sabiam o que estavam fazendo. Hoje, abrimos o aplicativo de música ou filmes e passamos horas deslizando pelas telas, incapazes de escolher. No fim, dizemos: “Não tem nada para assistir” — assim como a mulher que tem dezenas de sapatos e não consegue optar por um. Esses casos mostram que a liberdade mal utilizada pode ser uma maldição. Uma liberdade sem direção nos deixa presos e improdutivos. Nossos avós, por exemplo, acordavam cedo e iam trabalhar. Não passavam horas se perguntando qual o propósito da vida ou se estavam vivendo sua “verdade interior”. Eles tinham um senso de missão. Hoje, com tanta informação e tanta liberdade, o que mais ouvimos é: “não sei o que fazer da vida”. Nunca tivemos tanto — e nunca fomos tão vazios.

Toda escolha é uma renúncia. Você pode plantar o que quiser, mas a colheita é obrigatória e quando você se permite pecar por algo, aquilo se torna seu deus. Se você sacrifica muito por algo sem sequer considerar as consequências, está oferecendo sacrifício a um ídolo. Se você peca porque gosta, então sua carne é seu deus — e ela te levará onde quiser.

A história do pecado humano se resume na tentativa de fugir das consequências de nossos atos. Lembro-me de uma garota que foi ao programa da Dr. Sandra Lee (especialista em dermatologia de casos graves) com a orelha completamente danificada por alargadores. No entanto, ela implorava para que sua orelha fosse costurada de forma que pudesse voltar a usar o alargador. Isso me fez refletir: muitas pessoas sacrificam tudo — valores, saúde, fé, honra — em busca de satisfação pessoal. A garota não se arrependia do que havia feito; ela chorava apenas por existirem consequências. Assim como ela, muitos odeiam os efeitos de seus pecados, mas amam os próprios pecados.

A liberdade que engana

Liberdade, no fundo, não é fazer o que quiser — é poder escolher o que é certo. Quando você se entrega ao pecado, está servindo a ele. Quando vive para agradar os outros, está preso ao orgulho. Quando sua vida gira em torno de si mesmo, o seu deus é você. A grande mentira da nossa cultura é que podemos viver sem servir a ninguém. Mas todo mundo serve a algo — seja a Deus, seja ao próprio ego. O Evangelho vai na contramão disso tudo. Ele nos chama a negar a nós mesmos, tomar a cruz e seguir a Cristo. O mundo diz: “siga seu coração”; Jesus diz: “mate o seu eu”. O mundo exalta o prazer; Jesus chama para o sacrifício. O mundo celebra o ego; Jesus nos chama à humildade.

Casamentos hoje são feitos por carência, por paixão, por aparência. Quando os sentimentos acabam, o casamento acaba junto. Mas casamento, na visão bíblica, é aliança — não é contrato emocional. É reflexo da relação entre Cristo e a Igreja. Sem essa visão, tudo desmorona ao primeiro conflito.

O caminho da Cruz

Muitos preferem ter cachorros a ter filhos. Não estou falando de quem realmente não pode, mas de quem não quer por medo de perder a liberdade. Como se filhos fossem empecilho para uma vida plena. Mas filhos não são projetos de ego — são missão, legado, bênção. Criá-los exige renúncia, mas também molda nosso caráter.

A verdadeira liberdade não está em fazer o que queremos, mas em sermos livres do que nos escraviza. E isso só é possível em Cristo. Porque é Ele quem nos liberta da tirania do pecado, do peso da culpa e da ilusão de que podemos ser nosso próprio deus. Paulo e Silas estavam presos fisicamente, mas eram mais livres do que muitos de nós hoje com o celular na mão e o mundo no bolso. A liberdade do céu não depende de circunstâncias — depende de rendição.

Você é livre para escolher. Mas nunca será livre das consequências. Escolha bem. Escolha a Verdade. Escolha a Cruz. Porque, no fim das contas, só ali existe liberdade de verdade.


Palavras-chave: liberdade, verdade, evangelho, cultura moderna, escolhas, consequências, fé cristã, filhos, casamento, ego, pecado, propósito, Jesus, cristianismo, geração atual.

Postar um comentário

0 Comentários

Ad Code

Responsive Advertisement