Cargos na igreja
Muitos cristãos têm buscado visibilidade dentro da igreja. Querem ser reconhecidos, elogiados, colocados em evidência. Procuram ministérios como se fossem vitrines para demonstrar seu “potencial”. Como já disse o sábio: tudo é vaidade! Essa busca por status não passa de uma reprodução da mentalidade mundana, reflexo de uma personalidade frágil que ainda não foi abandonada. Uma identidade que deveria ter sido crucificada com Cristo. Quem realmente entendeu o Evangelho sabe: é Deus quem faz a obra — não graças a você, mas apesar de você.
O mais irônico (ou trágico) é que essas disputas internas se concentram sempre nas funções visíveis: louvor, liderança, pregação... Enquanto isso, ninguém quer aguar as plantas, limpar os banheiros ou varrer o chão. Seguimos egocêntricos, com o coração voltado para nós mesmos, e não para o Reino. Se ao menos parássemos para ouvir os gritos silenciosos que ecoam nos leitos de hospital, nos asilos ou nos orfanatos da nossa cidade, jamais diríamos que "não temos oportunidades" na igreja. A seara é imensa — o que faltam são trabalhadores dispostos. A verdade é que não queremos servir, queremos ser aplaudidos. E por isso sucumbimos diante da crítica: porque idolatramos a lisonja.
Dentro da igreja, você não é juiz, advogado ou professor. Você é servo — como todos os outros. E mais: nem todos prosperarão financeiramente, nem todos alcançarão sucesso humano, mas todos que crerem em Cristo serão salvos. E isso deveria ser suficiente.
Lembre-se: Lázaro não era apóstolo, nem sacerdote, mas era amigo íntimo de Jesus. O nosso maior objetivo deve ser essa intimidade com o Pai. Intimidade é maior do que cargo.
No dia em que a igreja trocar o “eu determino” pelo “eu me arrependo”, o “eu decreto” pelo “eu confesso” e o “eu exijo” pelo “eu me humilho”, então, sim — teremos uma geração de cristãos fortes e maduros.
Que Ele cresça, e eu diminua.
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