Cavalheirismo é uma forma de opressão?
Ser mulher não é ser inferior — pelo contrário, é algo maravilhoso dentro da obra de Deus. Entretanto, o mundo também precisa da masculinidade, e não há nada de errado em afirmar isso.
Essa conversa sobre “igualdade entre os sexos” é uma grande besteira. O papel de qualquer Estado justo é reconhecer a existência de desigualdades e equilibrá-las, promovendo proteções e regalias aos mais frágeis. Para isso existe o casamento, com a sua responsabilidade esperada do homem em sustentar sua família, entre outros compromissos.
A partir do momento em que um sexo pode desmontar o outro com um só golpe, já não há igualdade. A civilização existe justamente para organizar e equilibrar essas desigualdades, e é correto desenvolver práticas e valores que simbolizem formas diferentes de reagir e lidar com mulheres (como abrir a porta do carro, pagar a conta do restaurante, agir com proteção), com crianças e idosos.
Diferentemente do que dizem os militantes, essas convenções sociais não são formas de opressão ou dominação, mas maneiras de criar, expressar e manter um capital moral, uma orientação de como devemos pensar e nos organizar diante de uma realidade desigual. Ao agir com cavalheirismo, um homen comunica que se move por virtudes, valores e aspirações, não por natureza selvagem.
Todas essas convenções e cerimônias (como a mulher esperar a iniciativa, ser modesta etc.) podem variar de cultura para cultura, mas são formas encontradas de civilizar e suavizar o fato de que homens podem triunfar pela força. Ou seja, são formas de comunicar quem eles são e como eles enxergam suas capacidades e deveres.
A antiga ideia de que o homem deve tomar a iniciativa num relacionamento não é machismo, mas uma forma de declarar que ele assume riscos, que se expõe, e que é naturalmente apto para demonstrar coragem e decisão. Isso não significa que a mulher não possa tomar iniciativa ou participar com charme e sutileza — mas a iniciativa masculina revela virtudes necessárias ao líder de uma família.
Se o homem não consegue tomar a iniciativa agora, será que conseguirá decidir nas questões do dia a dia em uma vida familiar? Já a mulher que toma a frente em tudo pode acabar tolhendo, abafando e suprimindo as capacidades e papéis do marido — tirando dele a oportunidade de crescer como homem, diminuindo sua masculinidade, e destruindo a admiração que poderia existir por ele.
O homem que fica passivo, esperando que a mulher enfrente o risco, não quer se comprometer, sair da zona de conforto, buscar soluções e “dar um jeito”, talvez não esteja pronto para ser marido.
Outro exemplo é a tradição do homem entrar depois da mulher num ambiente e abrir a porta para ela. Isso era um gesto de proteção, como um guarda-costas, garantindo que nada a atacasse pelas costas. Além disso, deixava claro a quem estivesse no local que ela está acompanhada, protegida — o que por si só inibe possíveis abusadores.
Olhe para a Síria ou países em guerra: quando a civilização desmorona, as mulheres são tratadas como mercadorias, homens maus dominam pela força, invadem propriedades e abusam. Toda essa “desigualdade” e esses padrões sociais existem então por um motivo: Educar homens a agirem não conforme sua força ou seus vícios mais primitivos, mas sim, através de uma sensibilidade a natureza das mulheres e uma forma nobre de usar suas capacidades em prol dos outros.
Aquilo que os progressistas chamam de “criação social desnecessária” e querem destruir, nós reconhecemos como uma adaptação necessária. São convenções lapidadas sobre algo natural — como a atividade masculina e a passividade feminina —, que foram se desenvolvendo até se tornarem socialmente aceitas e benéficas.
Não defendemos o fim da evolução social, mas acreditamos que o propósito não pode ser destruir o que por séculos se desenvolveu para regular a civilização. Fazer isso é lutar contra a realidade e contra a natureza humana.
Progressistas dizem coisas como: “Veja que ignorância, disseram que cada sexo tem capacidades diferentes, que coisa absurda. Não podemos mais aceitar isso”. Mas o problema é que a verdade é essa, não é uma opinião — as pessoas apenas comunicam e adaptam aquilo que os fatos demonstram.
Quando dizemos que “meninos vestem azul e meninas vestem rosa”, não estamos dizendo que uma menina não pode usar azul ou um menino não pode usar rosa. É claro que podem. O problema começa quando afirmam que os símbolos e seus significados não importam, ou que não há diferença entre homem e mulher.
Essas diferenças e convenções são importantes e necessárias para o bem da sociedade, e não são opressivas. Cada um deve agir com honra, desempenhando as capacidades que Deus lhe deu.
Azul e rosa são apenas símbolos, mas simbolizam diferenciações naturais. Poderiam ser outras cores, como verde ou vermelho. Mas quando se apaga a história e se esvazia o significado, ninguém mais compreende o que está sendo comunicado. O símbolo perde seu valor coletivo.
O mesmo vale para o que chamam de “pressões” sobre meninos gostarem de futebol ou carros. Você não é obrigado a gostar, mas precisa compreender a importância das virtudes de cada sexo. Carros e futebol são gostos masculinos (mesmo que meninas também possam gostar) porque simulam guerra, competição, força, velocidade — coisas que, naturalmente, despertam prazer nos homens. Por isso esperamos ver esses gostos em outros homens e nos surpreendemos quando não vemos.
Outro ponto importante são os relacionamentos. Alguns reclamam: “Meus amigos casados fazem pressão para que eu me case, que coisa chata”. Mas devemos compreender esse padrão como um reflexo do comportamento que sustentou a sociedade até hoje. É uma forma de manter estabilidade e previsibilidade nas relações. Sabemos o que esperar dos outros.
Homens esperam que outros homens se casem ao atingir certa idade porque isso sempre aconteceu assim, e foi isso que funcionou por gerações como um processo natural de amadurecimento do homen. Se você não quer casar, tudo bem — apenas seja claro com seus amigos. E pronto. Afinal, cada um tem seu chamado com Deus.
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