Idolatria a deuses da putaria
É muito comum, em tempos de redes sociais, jovens (principalmente homens) idolatrarem esses “deuses da esbórnia”: homens que ostentam carros caros, festas, celebridades e dezenas de mulheres nuas ao seu redor em piscinas e barcos. Um exemplo famoso é o caso de um ex-soldado de operações especiais americano (herdeiro de uma fortuna proveniente de meios duvidosos), que exibe um estilo de vida semelhante, sendo idolatrado (como era de se esperar) por milhões de seguidores.
Algum tempo atrás, um grupo de feministas começou a criticá-lo pela objetificação do corpo feminino (o sujo falando do mal lavado). Em resposta, ele enviou uma mensagem de conotação sexual ironizando-as. Diversos grupos de jovens se posicionaram para fazer chacota das feministas (o que, de certa forma, merecem — mas por outros motivos) e, junto no pacote, defendiam o lifestyle dessa subcelebridade.
Os principais argumentos eram: ele tem uma vida incrível, "zerou a vida", "tendo todas essas atrizes pornô e modelos ao seu lado e muito dinheiro, ele não precisa de mais nada" e "ele não está nem aí para o que elas falam". Defendiam que aquelas garotas (mulheres em poses sensuais, usando drogas, posando com armas e seminuas) querem estar ali, promovendo-se, ganhando presentes caros, diversão, visibilidade e oportunidades. Muitos não percebem a idiotice do que defendem, pois riam do fato de que o fatídico instagramer era "muito louco", já tendo sido internado várias vezes por overdose de cocaína.
Perceba como os valores são sorrateiramente deixados de lado. Canais de debate, que frequentemente se posicionam contra as drogas, relevaram e brincaram com assuntos como overdose, desde que fomentados por pessoas ricas, supostamente "divertidas" e famosas. O valor não é mais defendido — apenas a pessoa. Se ela é rica, jovem e de boa aparência, não é vista como traficante, nem como um idiota inconsequente herdeiro de dinheiro roubado. Se sua vida agrada aos prazeres da carne, ele vira ícone e modelo de vida.
A juventude sempre brincou e exaltou nomes como Alexandre Frota (ator pornô) e o antigo Prexeca Bangers (banda carioca que cantava sobre idolatria sexual, sexo explícito, colecionismo de mulheres e contagem de "conquistas"). Esses ídolos estimulavam adolescentes a multiplicar relações sexuais, sonhar com sexo a três e ostentar aventuras em locais inusitados. Na época, muitos que criticavam o funk — dizendo ser um estilo negativo por "só falar de putaria" — acabavam engolindo a chamada música stronda, que era dirigida à classe média, com ares de "playboyzada" de roupas de surf e pegação.
Percebemos que a repulsa ao funk era, em parte, falsa. Não odiavam o princípio do qual criticavam: apenas não gostavam da forma como era apresentado. Não rejeitavam a letra sexualizada ou o pecado, apenas o quem, onde e como eram apresentados. Utilizavam esse pecado como crítica apenas quando lhes era conveniente.
Muitos jovens de direita criticam fotos de traficantes exibindo armas e festas — com razão, acham absurdo que crianças da favela idolatrem e queiram ser traficantes. Mas não percebem que fazem o mesmo ao idolatrar vidas de êxtase regadas a drogas de rave, pó e carros importados. Idolatram traficantes de seu próprio estilo. A criança da favela se vê representada no traficante da sua comunidade. Da mesma forma, esses jovens se veem nos "ricos da esbórnia". As drogas são usadas do mesmo jeito — apenas são mais caras; os locais são tão imorais quanto — apenas mais sofisticados. Os crimes são similares — apenas muda a forma e a beleza das prostitutas.
Temos que parar com o "pêniscentrismo", essa ideia de que tudo gira em torno do prazer. Essa aspiração tem destruído a vida da juventude. Não é de hoje: o Império Romano e a Mansão Playboy já representavam essa luxúria. O hedonismo, a sodomia e a busca desenfreada por prazeres carnais são nojentos, enganosos e custam caro, tanto para o indivíduo quanto para a sociedade, sendo duramente punidos por Deus.
Homens que não conseguem conquistar qualidade compensam com quantidade. Isso se manifesta em diversas áreas. Um homem que teme não sustentar uma mulher de valor, que é preguiçoso ou egoísta demais para semear algo real, refugia-se na ilegitimidade e falta de compromisso. Eu sei disso, pois já fui assim: era mais fácil viver de charme e máscara apenas nas paqueras, sem precisar evoluir para relações maduras. Era uma estratégia para se expor menos e sair sempre no ponto alto.
Nossa carne milita contra o espírito. Buscar satisfazer os desejos dela, sem se importar com as consequências, é um pecado grave contra Deus. Quem escolhe esse caminho agirá livremente, mas tentará se esconder desesperadamente no dia do juízo.
Esse estilo de vida "Lobo de Wall Street" — que idolatra dinheiro, sexo e drogas — tem matado pessoas, destruído oportunidades de conversão, causado distorções psicológicas e gerado problemas profundos, embora seja visto como exemplar por muitos jovens imaturos, escravizados pelos estímulos da carne.
Eles jogam a própria vida no lixo, pensando que estão "arrasando". O ser humano é pecador, imoral e manipulável.
Esse comportamento contribui para tráfico, prostituição, pornografia, aborto, overdoses, criminalidade, ostentação, orgulho, sodomia e pragmatismo. Quando um playboy cheira cocaína na piscina, ele colabora e patrocina um mercado que mata e destrói famílias. As mulheres que se oferecem para esse "lifestyle" entregam o que têm de mais valioso — sua alma, pureza e respeito — por um prazer vazio de redes sociais.
Anos depois, muitas delas percebem o erro: viciadas em remédios, mal amadas, usadas como objetos, drogadas e emocionalmente destruídas.
Homens e mulheres vazios buscam nesses prazeres baratos um preenchimento que nunca chega. É uma fuga ridícula da realidade.
A balada virou liturgia. Moldou hábitos e desejos. Criou o "Homo Baladas", aqueles que medem suas vidas pela cosmovisão da pegação. Desde a música, bebidas e comportamentos — tudo é projetado para criar essa cultura.
Enquanto isso, os que aplaudem vivem como zumbis, acreditando em realidades artificiais. Aplaudem casais de reality show, criticam os pais, mas idolatram atores podres de caráter. Encantam-se com sorrisos falsos, ignorando a podridão interna desses ídolos.
A menina que se prostitui para ganhar fama e luxo ganha algo, sim — mas não é motivo para aplaudir ou incentivar isso. Ela é livre para escolher, mas não devemos apoiar escolhas que destroem vidas e influenciam negativamente outras jovens.
O mal cultural destrói gerações inteiras. Se você muda a mentalidade de uma cultura, você muda tudo: o dia a dia, as metas, os pilares da sociedade.
Não é porque um homem gosta de "mulher putona" que devemos estimular práticas que destroem futuros e almas.
Consentimento não justifica o mal. Mesmo um abusador poderia alegar "consentimento" — é absurdo e ridículo defender o mal só porque "a vítima quis".
Muitos continuarão defendendo essa vida de prazer degenerado, pois as pessoas gostam do pecado, porque é fácil, é imediato. Mas o pecado trai, destrói e humilha. Fora de Deus, não há benefício verdadeiro.
Eu entendo quem acha que "não tem nada a ver" — é porque foram manipulados por uma mentalidade secular. Mas se você, como eu, sabe que Deus existe e se importa, investigue. Pense. Descubra a verdade. Ela te libertará.
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