A História de Jonas na Baleia é um Absurdo?

 


A história de Jonas é um absurdo? 


Muitos dizem isso com desdém, simplesmente porque o texto bíblico relata que um homem foi engolido por um grande peixe e sobreviveu em seu ventre por três dias. Para essas pessoas, esse relato parece completamente inacreditável.

Mas curiosamente, essas mesmas pessoas acreditam com naturalidade que um peixe um dia saiu da água, criou pernas e começou a andar por aí, dando origem a todos os vertebrados terrestres, incluindo os seres humanos. Essa é uma das bases da teoria da evolução.

Basta dedicar algum tempo a estudos criacionistas sérios sobre o episódio de Jonas, e você verá que, diante da lógica e das evidências discutidas por muitos cientistas que creem na Bíblia, a narrativa da evolução naturalista soa muito mais absurda.

O que muitas vezes esquecemos é que a ideia de absurdo ou coerência está profundamente ligada à nossa percepção e ao contexto cultural em que fomos formados. O que parece impossível para um pode parecer totalmente natural para outro. Uma criança, por exemplo, aceita com facilidade a existência de mágica ou de criaturas extraordinárias, porque ainda reconhece – com humildade – que não sabe como o mundo funciona completamente. Sua mente está aberta. Da mesma forma, um engenheiro pode achar algo absurdo que, para um biólogo acostumado com os padrões complexos da natureza, faz total sentido.

Por isso, o espanto diante de algo aparentemente absurdo não pode ser critério para julgarmos se aquilo é verdadeiro ou não. Nossa lógica, por mais valiosa que seja, é limitada pelo que aprendemos, vivemos e fomos condicionados a aceitar como “racional”.

A fé, portanto, não é um salto cego no escuro, mas uma postura que pergunta: “Isso faz sentido dentro do seu próprio sistema de crença? Isso funciona?” Porque, se pararmos para pensar, o próprio funcionamento da vida, a existência da consciência humana, e as condições minuciosamente ajustadas do universo para abrigar a vida seriam vistas como absurdas se não as vivêssemos todos os dias.

Crer em Deus, aceitar os milagres e confiar na Bíblia não é mais irracional do que crer em processos que ninguém jamais observou acontecendo, como um peixe evoluindo para um ser terrestre. O que chamamos de “absurdo” muitas vezes é apenas algo fora da nossa zona de conforto – e não fora da realidade.

E quando investigamos melhor, descobrimos que esse tipo de acontecimento, embora raro, tem paralelos reais e documentados na história moderna. Em 1891, por exemplo, um marinheiro chamado James Bartley foi encontrado vivo no estômago de uma baleia, após ter desaparecido durante a caça ao animal. O caso foi publicado em jornais da época e amplamente debatido. Ele sobreviveu, embora em estado debilitado, e ficou com a pele queimada pelos sucos gástricos do animal. Casos como esse, mesmo que controversos, mostram que ser engolido por uma criatura marinha de grande porte e sobreviver não é algo fora de toda possibilidade natural.

Não estamos falando apenas de relatos antigos. Casos modernos continuam surgindo e reforçando a plausibilidade do que ocorreu com Jonas. Em 2021, o mergulhador americano Michael Packard foi literalmente engolido por uma baleia jubarte enquanto pescava lagostas na costa de Massachusetts. Segundo o próprio relato à BBC, ele ficou cerca de 30 segundos dentro da boca do animal antes de ser cuspido de volta ao mar. Apesar do susto, saiu praticamente ileso e afirmou: “Fui jogado para o alto e aterrissei na água. Estava respirando. Foi um milagre.” Seu caso foi confirmado por testemunhas e recebeu cobertura internacional.

Mais recentemente, em fevereiro de 2025, o G1 divulgou a história de um jovem que também foi engolido por uma baleia e sobreviveu. Ele relatou a experiência como “surreal” e comparou-se ao personagem Pinóquio, que também viveu algo semelhante na ficção. Esses registros, verificados por fontes confiáveis, não apenas provam que baleias são capazes de engolir um ser humano, como demonstram que, dependendo das circunstâncias, é possível sobreviver dentro da boca – e até do interior – de um animal desse porte. Ou seja, o que por muito tempo foi tratado como lenda ou mito encontra eco na realidade, inclusive em tempos modernos.

Além disso, a arqueologia traz evidências surpreendentes. A antiga cidade de Nínive, onde Jonas pregou, possui registros culturais que indicam familiaridade com essa narrativa. Entre os artefatos encontrados, há representações de um ser meio homem e meio peixe, conhecido como “Oannes” – uma figura lendária que, segundo algumas interpretações, seria uma memória cultural deformada da história de Jonas. A ideia de um homem que surgiu do mar, vindo de dentro de um grande peixe para trazer uma mensagem divina, encaixa-se de maneira impressionante com a narrativa bíblica.

Por fim, não se pode ignorar que muitas civilizações antigas possuíam registros de histórias envolvendo seres humanos e criaturas marinhas, reforçando que esse tipo de acontecimento fazia parte da imaginação coletiva por algum motivo – e não necessariamente como mito sem base, mas talvez como relatos de eventos reais transformados em símbolo ao longo dos séculos. Em vez de descartarmos essas histórias como “absurdas”, talvez devêssemos perguntar: por que tantas culturas separadas falam de algo tão semelhante? O que há por trás dessas repetições históricas?

Crer em Jonas não é desprezar a razão, mas reconhecer que o mundo é mais vasto, misterioso e cheio de possibilidades do que nossa mente moderna costuma admitir.


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