Como Não Temer a Morte - Reflexão



Como não temer a morte?

"Por que temer a morte? Se um homem pobre soubesse que amanhã iria acordar bilionário, ele teria medo de ir dormir?"


Você vai morrer, e não há nada que possa fazer quanto a isso. Você poderia se esconder e viver debaixo de uma pedra a partir de hoje, e isso não aumentaria um segundo sequer da sua vida. É um erro imaginar que somos eternos ou que podemos prever, escolher ou evitar nosso futuro. O dia da morte pode chegar de milhões de maneiras, e seria impossível tentar prever ou evitar todas. A maioria dos problemas que temos vem daqueles lugares com os quais nem mesmo estávamos preocupados. Se formos nos preocupar com tudo, ficaremos loucos com tantas possibilidades perigosas. E, mesmo que possamos tentar nos preparar, não temos a capacidade de evitar. Nossas ansiedades sobre isso não anulam os problemas futuros; elas apenas estragam o nosso dia de hoje.

Se o problema possui solução, não devemos nos preocupar com ele. Se não possui solução, de nada adianta nos preocuparmos.

Não tente proteger uma vida estática, onde você vive com medo, pois, se viver dessa forma, que tipo de vida você tentará preservar? Uma vida que vale a pena ser vivida, que é desejável manter, é justamente uma vida colocada nas mãos de Deus — uma vida sem medo, que vive para ser relevante no tempo que nos foi dado.

Todas as tentativas de se proteger do inevitável apenas irão lhe roubar preciosos minutos da sua vida atual e o impedirão de viver a vida que realmente tem. Fomos enganados ao achar que éramos nós que decidíamos nossa segurança; fomos ludibriados por uma sociedade egocêntrica ao pensar que teríamos a certeza de nossa longa idade e de nossos projetos concluídos. Sempre que conquistar algo, seja feliz, aproveite o hoje, use tudo de forma honrosa — sem se iludir de que aquilo é algo eterno. Não tema perder seus planos futuros, pois nossos dias são presentes de Deus. Se Ele ainda não nos deu (já que não sabemos sobre o dia de amanhã), não se aflija: nosso propósito está naquilo que Deus nos deu hoje.

Você irá morrer um dia. Não sabe quando. Só sabemos que morreremos ou lutando, ou sendo covardes. Viva uma vida que valha a pena ser vivida. Afinal, você não poderá escolher quantos anos irá viver, mas pode decidir como deve viver cada dia que está à sua frente.

Na questão da morte dos outros, também podemos beber desses conselhos. Sempre devemos sofrer com os que sofrem, lastimar a perda de nossos entes. No entanto (para todas as dores sempre há um “no entanto”), não podemos enlouquecer e abandonar a luta por causa de algo que sabemos que foge do nosso controle. Não podemos colocar a esperança e nossos afetos em entes que sabemos que são passageiros — isso é ser mundano, e precisamos ser menos mundanos. Devemos, sim, clamar ao Senhor para que possamos estar bem com eles, mas não podemos colocar nossa esperança e nossa estrutura neles.

Entendam: depois do pecado, quão terrível seria se a vida não tivesse fim? Imaginem pensar que a maldade presente no mundo seria eterna. Pense, por um segundo, se todos os criminosos, ditadores e monstros da história tivessem vivido para sempre. Pense se toda a dor que enxergamos no mundo não tivesse a perspectiva de um dia acabar. No fundo, sem perceber, até mesmo aqueles que não têm fé se aliviam ao saber que, ao menos, um dia esse sofrimento terá fim. A vida em pecado só se torna preciosa porque ela termina. Ela só tem valor para nós porque tem tempo contado.


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