O ser humano criou a Deus?
Essa é uma pergunta comum nos círculos céticos, geralmente feita com um ar de provocação intelectual. Mas se pensarmos com atenção, ela logo revela uma incoerência: se Deus foi uma criação humana, por que razão Ele seria, em tantas partes da história e da revelação bíblica, tão contrário aos desejos e impulsos mais naturais do próprio homem? Se fosse um produto da imaginação humana, por que não idealizar um Deus que aprovasse tudo o que queremos, justificasse nossas paixões, e eliminasse qualquer conceito de juízo ou santidade?
A verdade é que esse argumento, de que Deus é uma invenção humana, não resiste a uma análise honesta. E mais: por que razão devemos crer que o ateísmo, por outro lado, não seja também uma construção humana? Por que aceitar que tudo o que envolve fé é fruto de imaginação ou conveniência, mas não questionar se a negação da fé também não possa ter raízes em interesses pessoais, desconfortos morais ou simples resistência à ideia de um Criador que nos chama à responsabilidade?
Há relatos históricos, fundamentos filosóficos, princípios lógicos e até mesmo a ordem e a complexidade do universo que apontam, não para a invenção de Deus, mas para Sua revelação. A ideia de um Deus transcendente, moral, pessoal e criador do universo não nasce do coração humano — ao contrário, muitas vezes o confronta, corrige e expõe. O ser humano tende a fugir da verdade, e não a inventá-la quando ela o fere.
Portanto, antes de afirmar que “Deus foi criado pelo homem”, vale refletir: quem está realmente inventando uma crença para se proteger da realidade? O que parece mais confortável e conveniente: um Deus que nos chama à obediência, ou um universo sem sentido onde cada um define sua própria verdade?
Palavras-chave: Deus, ateísmo, fé racional, existência de Deus, argumento ateu, invenção de Deus, lógica e fé, religião e história, filosofia cristã, revelação divina
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