Sobre Dinheiro

 


Sobre Dinheiro

Algumas pessoas tolas dizem: "Você quer que seu filho vire um CLT (assalariado)? Então ele precisa empreender, ser rico e etc..." Esse tipo de frase, esse tipo de pensamento, é extremamente pobre, materialista e burro. Você pode e deve trabalhar pelo bem financeiro da sua família, claro, mas isso está muito, muito longe de ser a postura real de um homem virtuoso e verdadeiro. Qualquer pessoa que consulte o dicionário e busque o significado de "futilidade" vai perceber que isso é claramente uma futilidade desprezível, frágil e rasa. Ser responsável e importante é muito mais do que se esconder atrás de dinheiro. Esses “ricos” da internet — que ganharam dinheiro em cima de uma geração zumbificada — são apenas crianças medrosas e vazias, escondidas atrás de números. Eles pensam que suas notas suprem suas falhas, mas não suprem. Homens de verdade conseguem representar, dominar, proteger e conduzir, mesmo vivendo numa casa simples, no interior, numa pequena chácara. O dinheiro nunca fez e nunca fará homens de verdade. O dinheiro só reforça quem você já é. Se você for vazio, mesquinho, individualista, tudo isso vai crescer junto com o seu dinheiro. O dinheiro só é positivo para quem não está focado nele, mas focado em quem ele pode ajudar e no que ele pode construir. Basta olhar para as condutas secretas e os estilos de vida de muitos jogadores de futebol, cantores de funk e tantos outros: traições, imaturidade, escândalos, exposições ridículas… Esse é o resultado do dinheiro na vida de quem vive sem Deus e sem uma cultura sólida como princípio central.

Já ouvi muita gente dizendo: "O dinheiro não compra felicidade, mas a pobreza também não compra droga nenhuma." Essa frase é comum e, apesar de ter um fundo de verdade, é curioso perceber que, às vezes, é justamente a pobreza que livra uma pessoa de se tornar um grande babaca como os que vivem repetindo essa frase. Quando dizemos que "dinheiro não compra felicidade", o que queremos realmente dizer é que muita gente coloca sua esperança no dinheiro, se agarra a ele como se fosse a solução de tudo, e além disso, absolutiza a felicidade, como se ela fosse o bem supremo da vida. Mas felicidade é apenas uma parte da vida, é só um dos muitos prazeres, não é o maior nem o mais importante. Felicidade não vale mais do que todos os outros valores e propósitos. O que ouvimos o tempo todo, o que é oferecido a nós o tempo todo, é sempre mirando essa tal felicidade, como se ela fosse o ápice da existência, como se fosse sinônimo de um Shalom existencial completo. Mas essa ideia é apenas uma filosofia barata e superficial que foi se entranhando no imaginário popular. Muitas vezes é melhor ter amor e paz, por exemplo, do que simplesmente estar feliz, até porque não existe felicidade mundana que seja permanente. Sendo assim, é bom ter cuidado com o preço que se paga para alcançar felicidade, porque muitas vezes ela não vale o custo de tudo que você entrega no caminho.

Os dados estatísticos demonstram que os maiores índices de depressão estão justamente nas classes média e alta. Isso prova, de forma objetiva, que ter dinheiro não é garantia de felicidade, ao contrário do que os coachs e vendedores de curso gostam de reforçar. Além disso, tratar a felicidade como um fim absoluto é um grande erro. O sentido de dever, o propósito e a missão são muito mais elevados e muito mais completos do que a simples busca por felicidade. A sensação de dever cumprido, de ser relevante na vida de alguém que precisa, de cumprir sua função e aliviar as dores do próximo são sensações muito mais nobres, mais profundas e mais duradouras do que a nossa felicidade egoísta. O ser humano é dotado de dons e capacidades que não podem ser comprados, que ninguém pode pagar, mas, infelizmente, nos distraímos e nos focamos justamente naquilo que não temos, nas coisas que podem ser compradas com dinheiro, com aparência, com trapaça. Vivemos querendo aquilo que não temos, sempre olhando a grama do vizinho, sempre murmurando, sempre ingratos, sem perceber que aquilo que todo mundo mais deseja, nós já temos: a vida, o respirar pela manhã, a liberdade, as oportunidades. Tudo isso é de graça e mesmo assim ignoramos.

O grande erro surge quando alguém acredita que o dinheiro te torna hiperpoderoso, como se te transformasse em um super-humano. Não, ele não te torna. O dinheiro apenas significa que você tem recursos para bancar situações, mas ele não corrige seu caráter, ele não te muda, ele não te faz superior a ninguém. Muitas vezes olhamos para pessoas ricas e cheias de virtudes e achamos que o sucesso delas veio por causa do dinheiro, quando na verdade o responsável pela qualidade de vida daquelas pessoas eram outros atributos que já estavam nelas. O dinheiro apenas revelou o que já existia. Mas as pessoas insistem em achar que a vida dessas pessoas pode ser comprada, como se fosse algo que depende apenas de ter dinheiro. Não é assim. É claro que, neste mundo caído, às vezes o dinheiro chega também para gente ruim, gente ignorante, gente blasfema. E por causa dessa confusão que fazemos — acreditando que o dinheiro era a fonte da felicidade e das virtudes de uns — acabamos achando que esse tipo de pessoa também é superior aos outros. Mas não é. Você não se torna superior por causa do dinheiro. O que fazia outros serem admirados como seres humanos nunca foi o dinheiro. O dinheiro pode ter sido consequência, pode ter sido um detalhe, mas nunca foi a essência.

Se alguém não sabe usar seus recursos de forma santa, mesmo que tenha muito, essa pessoa é um tolo, é um monte de ossos secos. Sim, é legal ter uma Ferrari, fazer viagens, viver experiências diferentes, mas tudo isso é euforia, é passageiro. Não tem valor substancial real, só valor monetário, porque você logo se acostuma, logo começa a se comparar de novo, logo volta a reclamar. Deus é mais importante. Ele não é simplesmente uma possibilidade de te dar algo, Ele é o algo. Deus é o destino, Deus é o verdadeiro propósito, Ele é a essência, Ele é o amor verdadeiro. O dinheiro tem uma importância na sociedade, claro, porque ele cria possibilidades, mas ele cria também a ilusão de que com ele você pode alcançar algo que te complete, algo que te divirta, algo que sacie suas vontades. Isso é um engano, são vaidades, como Salomão já dizia, porque no fim nada disso vai te sustentar, nada disso vai realmente te suprir. O dinheiro é só uma porta para tentar alcançar algo. Deus, por outro lado, não é a porta para algo melhor. Deus é o algo melhor. Deus é o definitivo.

O Dinheiro Não Compra a Vida 

As pessoas vivem repetindo: "Se você acha que o dinheiro não compra felicidade, me dê o seu e vá ser feliz sem ele", ou então dizem brincando: "Prefiro chorar nas Maldivas." Mas basta olharmos com um pouco de atenção para famílias como a do Will Smith e tantas outras celebridades: ricas, famosas, bem-sucedidas aos olhos do mundo, mas cheias de escândalos, problemas, depressões e crises existenciais. Quantos ricos se matam? Quantos vivem como zumbis, insatisfeitos, mesmo cercados de luxo? Alguns afirmam: "Mulher gosta de dinheiro" ou que "os casamentos acabam porque o homem não conseguiu prover financeiramente." Mas o que dizer então de Brad Pitt, um dos galãs mais desejados do mundo, rico, famoso, cobiçado, e mesmo assim incapaz de viver um relacionamento saudável e duradouro? Será mesmo que o dinheiro é a base da vida? Será que ser milionário é mesmo tão bom quanto dizem? Quem te ensinou que é isso que realmente importa?

Em 1 Timóteo 6:17, vemos uma advertência muito clara: "Ordene aos que são ricos no presente mundo que não sejam arrogantes, nem ponham a esperança na incerteza da riqueza, mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente para nossa satisfação." Eu mesmo fui vítima dessa ilusão. Eu já fui o cara jovem, solteiro, com carro, casa, negócios e dinheiro. Eu gastei minha juventude em festas, buscando status, bancando tudo para todo mundo só para parecer alguém relevante. Eu achava que aquilo era vida. Mas hoje, pela graça de Deus, eu não vivo mais assim, e posso te dizer com propriedade: a vida com Deus é infinitamente melhor do que qualquer euforia comprada com dinheiro. Eu era viciado na aprovação dos outros, completamente dependente da imagem que eu precisava sustentar. Eu vivia despreocupado com as consequências dos meus atos, colhendo os frutos amargos da minha vaidade, das brigas desnecessárias, da irresponsabilidade emocional e social. Eu era um mau exemplo para os meus sobrinhos, para os jovens ao meu redor, e a verdade é que, gostemos ou não, todos nós estamos servindo de exemplo para alguém, mesmo que a gente não perceba. Viver para o dinheiro e para o status é cavar um buraco no coração. Chega uma hora em que você percebe: você envelheceu, perdeu saúde, perdeu tempo, perdeu relacionamentos sinceros e o que construiu foi só espuma. Mesmo com muito dinheiro, o vazio permanece. Você nunca está satisfeito, sempre precisa de mais, sempre precisa abafar o tédio, tapar os buracos da alma com coisas novas. Você vira escravo da sua própria imagem e sustentar essa imagem custa caro, custa vida, custa alma. Imagina como isso tudo é ridículo diante de Jesus?

Você corre atrás de carros caros, viagens, restaurantes finos, tudo isso para não parecer “comum”, mas nem por um momento se importa em buscar a verdadeira felicidade que está em Cristo. Você gasta energia e dinheiro tentando se destacar diante de bajuladores que, no fundo, não se importam com você. Quando a vida te aperta, todo mundo já sabe: só Deus importa. Mas mesmo assim gastamos os melhores anos da nossa vida correndo atrás de aprovação, tentando impressionar gente que não acrescenta nada na nossa história. Perdemos tempo com quem menos importa, deixamos de estar com a família, deixamos de ajudar os outros, deixamos de glorificar a Jesus por causa de uma agenda cheia de vaidades. E quando você vive para se destacar, seus valores se tornam iguais aos de uma prostituta: você se molda ao aplauso do freguês, você vive pelo olhar alheio. Se te chamam de bem-sucedido, você acredita, mesmo que Deus te reprove. Você vende seus princípios, seu caráter, você vive para satisfazer os desejos da carne, sendo levado de um lado para o outro como um barco sem leme, sem direção, sem propósito. E no final, a vida termina na morte. Nada disso vai com você. Se você não educou seus filhos, se você não amou sua família, se você não buscou a eternidade, você perdeu a viagem.

Quando o dinheiro se torna seu deus, você se destrói. Você pode até construir um casamento baseado em interesse, mas será um relacionamento sem admiração, sem verdade. Você acaba dando dinheiro para quem não te ama e desperdiçando vida com quem não se importa com você. O rico compra um carro e, no dia seguinte, já está insatisfeito. O simples valoriza até uma nova torneira em casa. O problema nunca foi ter dinheiro, o problema é depender dele para se sentir vivo. Quem vive por comparação nunca aproveita nada. Foi exatamente isso que o pecado fez no Éden: plantou a ideia de que "isso aqui não é suficiente, você precisa de mais, você merece mais, você tem direito a mais." Esse é o veneno que continua contaminando os homens até hoje. Trabalhe, sim. Ganhe dinheiro, sim. Prospere com honra, mas seja satisfeito com o que Deus já te deu. Viva com propósito, viva com sentido. Não se deixe enganar achando que o próximo item, o próximo degrau, o próximo aplauso vão te trazer felicidade, pois assim como os outros, não vão. Nada preenche o vazio que só Jesus pode preencher.

Respostas práticas para algumas questões

As respostas abaixo são adaptações e edições feitas por mim a partir das respostas dadas pelo Dr. Ítalo Marsili em uma sessão de perguntas sobre dinheiro nas redes sociais. Achei pontual e edificante a visão dele sobre o tema e sobre essas questões, por isso trouxe suas respostas, algumas delas com pequenas modificações pertinentes para o proposito desse blog.

"É problemático querer dinheiro?"

Nenhum problema, desde que você não dê valor a isso. É o mesmo com o corpo ou a saúde. Não há problema em fazer atividades físicas e ficar bonito ou bonita, desde que você saiba que essas coisas quase não têm valor. O objetivo não é querer o dinheiro, mas geralmente essas perguntas surgem porque as pessoas sabem que elas não apenas querem — na verdade, elas amam, desejam de todo o coração, colocam a esperança e a felicidade nisso.

Quando as pessoas perguntam: "É errado desejar um carro melhor?", eu sei que, na verdade, elas passam muitas horas pensando nisso, fazendo planos, ocupando seu tempo e suas aspirações nesse desejo. Então, sim, você está se condenando, pois seu coração está nessas porcarias.

Por outro lado, há inúmeros covardes e incapazes que escondem suas covardias e falta de responsabilidade atrás de uma falsa pobreza evangélica. Eles fingem que não se importam com essas coisas, fingem não ter nada (só da boca para fora), apenas para criar um personagem.

A Bíblia ensina muito sobre o dinheiro, mas as pessoas conseguem fazer um rocambole, torcer tudo para entender exatamente o inverso (ou seja, aquilo que elas querem). Entender o inverso é perigoso, mas ensinar o inverso é demoníaco.

"Mas os bens e o dinheiro não são fruto de um bom trabalho?"

Veja bem, são. Mas precisamos compreender que a fórmula da riqueza sempre foi ter amigos generosos, situações de oportunidade, etc. Essa é a fórmula escondida de 100% das pessoas que vendem a ideia de que você pode ficar rico. Recebemos oportunidades dadas por Deus que independem de nós; cabe a nós labutar de forma honrosa no que Deus nos colocou.

Sendo assim, trabalhar com honestidade, propósito e honra vai sim acabar trazendo dinheiro, mas Deus coloca esse dinheiro em nossa vida se assim for o Seu plano e projeto para nós. Tudo que Deus faz é para nos edificar. Essas oportunidades e o dinheiro que Ele nos dá servem, ou como um teste para nossa situação, ou como oportunidade para que possamos glorificá-Lo com tal.

O dinheiro que Ele nos dá não deveria substituir o Doador. Não devemos fazer do dinheiro pedras de tropeço em nossa vida. Ele nos dá o dinheiro para que possamos enxergá-lo não como um ídolo, mas como algo do qual Ele é o dono e que pode nos suprir. O dinheiro é passageiro, é algo como qualquer outra coisa deste mundo: coisas que são legais, mas que não devem ocupar nossa atenção.

"Até que ponto é saudável se importar com o dinheiro?"

O problema não está no dinheiro em si, mas na atenção e preocupação com as coisas transitórias do mundo material. 99% dos motivos pelos quais as pessoas desejam ganhar mais dinheiro são caminhos certos para a condenação da alma.

O problema não é fazer orçamentos ou planejar uma vida financeira, mas é que quase sempre as pessoas buscam o dinheiro como um fim em si mesmo. Elas se tornam avarentas, depositam esperanças nas coisas materiais, deixam de praticar ações santas por causa delas, mentem, trapaceiam por dinheiro, concentram suas energias e preocupações nesses bens, viajam para se sentirem superiores ou para ostentar, se aprisionam na opinião alheia ou se fazem escravas de situações que lhes rendem dinheiro…

Em outras palavras: o caráter da pessoa fica comprometido pelos seus desejos materiais, e seu tempo fica concentrado nessas coisas. Esse é o grande mal.

Reflita: por que você deseja o que você deseja hoje? Por que você sonha com as coisas que sonha? Será que essas coisas não fazem mal para sua alma? Será que você não está atrelando (identificando) seu valor como pessoa a coisas que, na realidade, não trazem valor algum?

"As chances de prejudicar a alma ao buscar dinheiro são grandes?"

Não é um risco grande, é um risco certo. Buscar o dinheiro é incompatível com buscar a fé, pois cada um tem um caminho diferente onde um exigirá sacrifícios do outro. Só pode existir uma prioridade. Como a Bíblia diz, quando você escolhe seu senhor, ou seja, sua busca, você naturalmente estará desprezando o outro. Isso não significa que o outro não estará presente em sua vida, mas tudo que não é a sua prioridade é algo irrelevante na sua vida.

O que será irrelevante para você? Deus ou o seu dinheiro?

"Como então conciliar as buscas materiais e as espirituais?"

Não busque o dinheiro. Busque a saúde e a honra dos seus afazeres, empresas ou trabalho, para que suas ações gerem emprego, cresçam, difundam ideias e propósitos cristãos, auxiliem na vida espiritual, na conversão e na fé de quem consome, etc.

Em outras palavras, o trabalho é algo que deve ser feito para sustentar a família, mas eu não direciono o foco dele ao dinheiro, não fico pensando e desejando os frutos financeiros, mas sim em sustentar a família e edificar os outros, demonstrando fidelidade e um bom trabalho a quem me paga.

O dinheiro, nessa situação, é atraído como se o bom trabalhador fosse um para-raios. Ele começa a aparecer mesmo quando você não o está desejando. E mesmo nesse caso, devemos procurar tratar o dinheiro com desprezo — não no sentido de irresponsabilidade com o que Deus nos confiou, mas no sentido de não viver pensando no quanto temos e no quanto nos falta.

"Mas querer dinheiro para ter uma vida tranquila é errado por quê?"

Por que você quer uma vida tranquila? Para confundir seu espírito achando que o paraíso é neste mundo? Não seja um maluco mundano. Sempre que a vida começar a ficar "tranquila", trate de se lançar em algum empreendimento apostólico que volte a complicá-la.

Busque tratar pessoas, ajudar irmãos, evangelizar carentes, educar seus filhos, sacrificar desejos em prol da sua família, abster-se de bens materiais visando o bem do próximo, jejuar…

Os bens materiais têm esse poder perverso de nos deixar acomodados, estáticos e anestesiados, como se tudo estivesse seguro (quando não está), como se eles suprissem nossas necessidades espirituais (e não suprem).

Não deixe que sua situação neste mundo te faça esquecer sua missão de peregrino. Não deixe que seus bens te afastem de se incomodar com seu pecado e com sua missão de santificação, de ser sal do mundo, de odiar o pecado neste mundo. Não deixe que eles te tornem um jovem rico que, por amar tanto seu conforto, deixou de seguir a Cristo.

Essa vida confortável te faz esquecer que somos passageiros, te faz achar que essa vida mundana é eterna. Querer ter uma vida tranquila é querer se tornar inútil e preguiçoso para o Reino de Deus, onde não podemos e nem conseguimos glorificar Seu nome com nosso testemunho.

O que estou dizendo não é que devemos amar a tribulação, mas que não devemos viver atrás de conforto. Aquele que se apega a tanto conforto nesta vida se torna como um homem dentro da tempestade que não quer deixá-la para não perder sua bigorna de ouro.

O conforto mundano tem esse poder terrível de ilusão, que centraliza nossa vida em nossos desejos e satisfação pessoal e, por fim, nos impede de batalhar pelo que realmente importa, pois estamos preocupados demais em manter nosso status de conforto. Ele nos faz fugir das lutas que devemos lutar.

"E sobre buscar dinheiro para sustentar a família, fazer doações, etc.?"

Veja bem, não podemos nos fazer de desentendidos. Existe uma grande diferença entre ser financeiramente responsável com a sua família e trabalhar para contribuir, e a mentalidade burguesa diante do dinheiro.

No fundo, sabemos claramente qual é a diferença entre trabalhar para sustentar e honrar a família e a ideia de viver, ostentar, desejar, confiar e atribuir nosso valor pessoal ao dinheiro.

"É errado buscar um parceiro ou parceira que seja bem financeiramente?"

Sim, é. Pois essa é uma das coisas mais transitórias e mutáveis na vida de alguém. Algo que facilmente pode se alterar e que pouco importa comparado ao que é realmente relevante para sustentar um casamento e uma família.

Por exemplo: de que adianta se casar com um homem rico e herdeiro, mas que é inconsequente, preguiçoso e/ou imoral? Ele mesmo pode causar a perda de toda essa herança e até mesmo complicações morais para a família.

Enquanto isso, um rapaz esforçado e maduro pode conduzir uma família muito longe, mesmo que seja pobre. Além disso, tal busca acabará ofuscando da sua atenção os detalhes que realmente importam para uma relação: a maturidade, o respeito, a fé, etc.

A verdade é que quem procura um par por causa da situação financeira está agindo, em sua grande maioria, como rascunhos covardes de prostitutas. Ou seja, uma prostituta que simplesmente não deixa tão escancarado seu perfil ao ponto de cobrar pelo sexo — é uma prostituta envergonhada e hipócrita.




"O dinheiro pode muitas coisas, mas não pode comprar o que realmente importa. Ele pode comprar bajuladores, mas jamais comprará amigos verdadeiros. Pode comprar favores sexuais, mas não o amor sincero. Pode te dar uma casa, mas nunca será capaz de construir um lar. Pode te oferecer diversão passageira, mas não a alegria profunda. Pode comprar pratos refinados, mas não pode te dar o apetite. Pode pagar por uma cama confortável, mas não consegue te dar um sono reparador. O dinheiro pode até te garantir um caixão de luxo, mas nunca poderá comprar a vida eterna."
– Hernandes Dias Lopes


Palavras-chave: dinheiro e felicidade, dinheiro não compra felicidade, propósito de vida, riqueza e caráter, cultura cristã, virtudes humanas, sentido da vida, felicidade passageira, coachs e riqueza, vaidade do dinheiro, riqueza sem Deus, verdade sobre o sucesso, gratidão pela vida, importância de Deus, propósito cristão.

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